Blog de Vinho

Essa uva autóctone portuguesa é também conhecida pelos nomes de Sousão, Sousão Forte, Sousão de Comer, Sousão Vermelho, já foi antigamente (e bota antigamente nisso) chamada de Vinhão, Tinto, Tinto Nacional, Negrão, Pé de Perdiz, Espadeiro Preto, Espadeiro de Basto, Tinta Antiga e Tinta de Parada.

De cor negra intensa, produz vinhos pretos e escuros, quase impenetráveis a luz, bastante rústico e de elevada acidez.

Curiosamente, e ao contrário do que é habitualmente é dito, a casta Sousão não é uma casta tintureira. Ou seja, a casta Sousão não contém matéria corante na polpa, no sumo da fruta, embora sua casca seja uma das com maior intensidade de corantes.

Foram estas características que tornaram presentes no Douro, a segunda região de adopção desta casta. Foi o Douro que melhor aproveitou a sua capacidade tintureira.

Mas os vinhos de Sousão são, por regra, vinhos rústicos, de acidez muito elevada, vinhos fortes e marcantes. Perdeu admiradores ao longo da história, pela sua extrema acidez, mas vem sendo reintroduzida nos cortes portugueses. Essa casta também é plantada na África do Sul, Brasil, Austrália e Califórnia.

Com um conjunto de características tão particulares, percebe-se facilmente que serão escassos os produtores que irão arriscar engarrafar vinhos na versão varietal da casta Sousão, mesmo dentro da sua região natal.

Quer experimentar?

• Quinta do Côtto Grande Escolha, 2001. Quinta do Côtto, DOC Douro, Portugal